segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O medo

Falo de medo, porque estes últimos dias foram marcados pelo medo. O medo de que o meu pai tivesse um problema muito grave nos pulmões. Esse medo, desapareceu hoje. Não existe lá nada de grave, de acordo com os médicos. No entanto e como muitos está com uma gripe muito forte. Tem tido temperaturas da ordem dos 39, quase 40º.

Pois falo de medo, porque o maior medo que tenho é o desaparecimento dos meus pais. E porque vivi esse medo nestes últimos dias.

Todos nós necessitamos de amor e de compreensão incondicional. Penso que o medo de perdermos que quem amamos, tem muito a ver com o medo de perdermos também este amor incondicional.

O yoga ensina-nos através da meditação, a sentir por nós mesmos, amor e compreensão, também eles incondicionais.

Durante toda a vida iremos sempre sentir medos. Uns maiores que os outros. Penso que a melhor forma de os enfrentar é com compaixão e consciência, por nós e pelos outros. Não existe forma de fugirmos aos nossos medos. Se não os enfrentarmos, vão estar sempre, sempre presentes.

Carpe Diem

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Saudação ao Sol... de noite

A saudação ao Sol , uma das mais bonitas sequências vinyasa, também é adequada para fazer antes de dormir. Ainda que muitas vezes utilizada para energizar o corpo e como aquecimento, pode ser praticada de forma a que o corpo relaxe e recarregue em vez de elevar a energia.

Todos os ásanas devem ser feitos de forma suave, lenta, inalando e expirando profundamente. A sequência pode ser repetida várias vezes.

Namaste

sábado, 20 de dezembro de 2008

Utkatasana (Raio)


OOT-kah-TAHS-anna)
utkata = poderoso, feroz


Benefícios

* Fortalece os tornozelos, coxas, gémeos, e costas
* Estimula os órgãos abdominais, diafragma, e coração
* Terapêutico para pés chatos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Creme para mãos



A receita é simples. Um pouco mais difícil é cozinhá-la. Mas o melhor mesmo é utilizá-la no final.

No meio das minhas experiências de cosmética, inventei um creme mesmo muito bom. Creme de mãos com manteiga de Karité, Aloé Vera e Semente de Cenoura. Combina as propriedades nutritivas da manteiga, as propriedades regeneradoras do aloé e o óleo de semente de cenoura. Este último é tão rico em propriedades, que faz-me querer usá-lo em tudo. Mas aqui vai: é regenerador, revitalizante, protector solar, tónico, reafirmante, anti-oxidante, entre muitas outras.

Então se quiserem experimentar, eu levo-vos um bocadinho.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Torção de Bharadvaja




Bharadvaja foi um dos sete lendários videntes relatados nos Vedas.

Benefícios:
- Alonga a coluna vertebral, ombros e ancas
- Massageia os órgãos abdominais
- Alivia dores nas costas (especialmente na base da coluna) , dor no nervo ciático e dor no pescoço
- Alivia o stress e melhora a digestão
- Especialmente benéfico no segundo trimestre da gravidez
- Terapêutico para síndrome de túnel carpal

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Salamba Sarvangasana - Vela



Salamba (sa = com, alamba = suporte) sarva = todos, anga (membros).

Benefícios:
- Acalma o cérebro e ajuda a aliviar o stress e depressão ligeira
- Estimula a tiróide, próstata, glândulas e órgãos abdominais, melhorando a digestão
- Alonga os ombros e o pescoço
- Tonifica pernas e nádegas
- Ajuda a aliviar os sintomas da menopausa
- Reduz a fadiga e alivia insónias
- Terapêutico para asma, infertilidade, e sinusite

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ardha Matsyendrasana - Postura parcial de Matsyendra ou torção lateral



Ardha, em sânscrito, significa parcial, asana quer dizer postura. Matsyendra é o nome de um dos grandes sábios a que se atribui o desenvolvimento do conhecimento yogui. Assim o nome da postura significa Postura parcial de Matsyendra ou torção lateral.
É um asana que energiza a coluna vertebral, estimula o sistema digestivo, os rins e o fígado, alivia dores mentruais, fadiga e ciática. Acorda a energia Kundalini.

domingo, 2 de novembro de 2008

Insights em Sutras

"A liberdade completa é um resultado de uma indagação espiritual, que revelará um interior sem limites, transcendendo os três Gunas (as qualidades da natureza)."

Os três Gunas são: Sattva (pureza ou luz), Rajás (actividade ou vibração), e Tamas (torpor ou escuridão).

"Para experienciar uma mente ajustada (Samadhi), há que atravessar quatro passos: Auto-análise, discernimento, felicidade, e a consciência do eu."

A verdadeira auto-análise, necessita de honestidade, e é bastante difícil, para a maior parte de pessoas, de realizar. O discernimento é difícil e normalmente necessita de experiência de vida significante ou a orientação de um Guru. A felicidade pode ser aprendida, mas algumas pessoas nunca serão felizes. Por fim, "eu" é a conexão espiritual com a consciência suprema, Ser Supremo, ou Deus. Isto é o passo final para o Samadhi, mas às vezes a intolerância retém-nos e não nos permite seguir o caminho correcto. Na realidade, todos os caminhos nobres conduzem em direcção ao "eu".

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Começar outra vez


Dois meses se passaram e sinto agora a vontade do reenício. Daquilo que gosto muito. E que são muitas coisas e muitas pessoas e muitos animais... e yoga.

Depois de muitas voltas, os horários são os mesmos do ano passado:

Segunda, Terça e Quinta, das 19.30 às 20.30.

Espero-vos Segunda feira. Feliz!!! Com muita vontade de reencontro!!!

sábado, 30 de agosto de 2008

A Árvore do yoga



As Raízes

Yama - significa controle

Ahimsá - não usar nenhum tipo de violência;

Satya – fazer uso benevolente das palavras e do pensamento;

Asteya – não se apropriar daquilo que pertence a outros indivíduos;

Brahmacharya – sentimento profundo de consciência espiritual;

Aparigraha – atender as suas próprias necessidades sem se deixar levar por excessos


O Tronco

Niyama - significa autocontrole

Sauchan - manter a limpeza do corpo, do ambiente e cuidar da pureza mental;

Santosha - manter a mente em estado de paz, independente das condições externas;

Tapas - esforço sobre si próprio, determinação, comprometimento;

Swadhyaya – estudo das escrituras sagradas e de si próprio;

Ishwara-Pranidhana - a aceitação da Consciência Divina como o ideal da existência.



Os Galhos

Asana

Posturas mantidas confortavelmente


As Folhas

Pranayama

Expansão da energia vital

A Casca

Pratyahara

Direccionar os sentidos da periferia para o cerne do ser.


A Seiva

Dharana

Concentração


A Flor

Dhyana

Meditação


O Fruto

Samadhi

Iluminação, bem-aventurança, plenitude.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O acne e a essência das coisas

Quando tinha 15, 16 anos, aconteceu-me algo de terrível: acne!!! Mas não era uma borbulhinha por aqui e ali. Era acne, com toda a sua força e pujança!!! Seguiu-se o caminho normal da maior parte dos adolescentes, que como eu, não acham piada nenhuma a olharem-se ao espelho e observarem a cara completamente infectada.

A minha auto-estima desceu naquela altura, a graus negativos. Deixei de conseguir olhar as pessoas de frente. E tornei-me extremamente introvertida. Tinha a cara "feita em papas" e a dias tantos, já não me lembrava da minha face limpinha.

Entre antibióticos e cremes para a cara caríssimos, as maravilhosas borbulhas manifestavam-se nas suas mais variadas formas.

Um dermatologista surgiu e com ele a maravilha que era o Ruocutan... Sem mais tempo a perder, lá tomei aquele horroroso medicamento, durante dois anos. A minha pele transformou-se, mas eu também me transformei por dentro.

O Ruocutan (não sei se ainda hoje é comercializado), foi na altura muito comentado, porque surgiram casos de numerosos suicídios em Inglaterra, em jovens, que consumiam Ruocutan. Quando a polémica se instalou, eu já havia tomado dezenas de caixas.

O meu sistema nervoso sofreu bastante na altura. Anos mais tarde, quando me surgiram os ataques de pânico, o médico sugeriu que a alteração do meu sistema nervoso, poderia muito bem ter sido causada também, pelo estrondoso medicamento.

Então, depois do Ruocutan, iniciou-se dentro de mim uma revolta completa, contra todos os medicamentos químicos. E foi nesta altura, que pouco a pouco, se iniciou a minha autodescoberta pelo caminho da cosmética natural.

Desde cedo, habituei-me a muitos cuidados com a pele do rosto. De início fui obrigada a tal, devido ao acne. Mas depois tornou-se um hábito inseparável.

Quando comecei a estudar Biologia, comecei a entender muito melhor, como é que tudo se processa no nosso corpo. A nossa pele é uma esponja ávida de tudo o que nela colocamos e, inevitavelmente, conduz as substâncias que por ela penetram até à corrente sanguínea. É sempre assim. Um creme pode até nem fazer grande efeito na pele, mas de certeza que as substâncias que possui, são absorvidas pelo nosso organismo. E, neste caso nem tudo o que entra, sai. Pode iniciar-se um processo de bioacumulação de metais pesados (por exemplo), ou de outras substâncias tóxicas.

Algures no tempo, no espaço e numa revista qualquer, li algo deste género: "Seria capaz de se alimentar, ou oferecer à sua família, como alimento, aquilo que coloca na sua pele?...

E foi assim que cheguei à conclusão, de que só deveria colocar na minha pele, algo que pudesse efectivamente comer, sem qualquer medo.

E depois de um longo caminho, cheguei às propriedades das plantas e finalmente à sua essência pura - os óleos essenciais.

Neste momento, com excepções para quando os compro já feitos (por falta de tempo), todos os cosméticos que utilizo, são elaborados por mim e são completamente naturais.

Não gosto muito de cozinhar, mas fazer cosméticos, utilizando óleos e matérias naturais, é uma espécie de dança culinária, à qual me habituei com entusiasmo crescente. Neste momento, é uma das coisas que mais prazer me dá fazer na vida.

Se calhar se não tivesse tido acne e se não tivesse tomado tal aversão a Ruocutans e afins, talvez não me teria deixado absorver por tudo o que sei hoje sobre aromaterapia e cosmética.

De facto, nada acontece por acaso... Precisamos de estar mais atentos!!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Alimentação vegetariana



A base da pirâmide (por ser mais larga), mostra-nos os alimentos que devemos ingerir em maior quantidade. O topo mostra-nos o inverso.

Aqui fica a sugestão...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O meu desafio.. e a minha lição...

Há 10 meses atrás, saíram as colocações para os professores contratados como eu. Nessa altura, soube que havia ficado colocada a 90 Kms de distância. Culpa minha, porque obviamente coloquei esse sítio a concurso. Mas, havia sido o mais longe kilométricamente falando, para o qual havia concorrido e obviamente na esperança de ficar mais perto. Mas tal não aconteceu.

Fiquei triste. Haviam duas possibilidades: ou iria fazer 180 Kms diariamente, a entrar sempre às 8.30 da manhã, ou alugava casa lá e não poderia fazer uma das coisas que mais gosto: as minhas aulas de yoga.

Ponderando todos os benefícios e contras, optei claramente pela primeira hipótese. O yoga, é para mim, a claridade no meio da escuridão. Claro que, na ponderação, contou também a minha família e a minha casa. São um dos meus pontos de equílibrio.

Então mentalizei-me. Pensei: há coisas bem piores - pelo menos tenho trabalho!!! E pensei: hei-de conseguir!!!

O ano lectivo terminou hoje para mim!!! As viagens terminaram (pelo menos por agora). Hoje fui à Escola. Já não ia lá há uma semana, devido à impiedosa pedra no rim, que me torturou, nos últimos dias.

Fui lá e fiz a viagem. E desta vez foi uma viagem diferente. Não só porque me ia despedir, mas também porque a viagem me pareceu interminável. E pensei: como é que eu fui capaz? Um ano inteiro, todos os dias...

Mas fui!!!

Fui capaz de fazer algo que à partida julgava extremamente difícil e sinto-me mais forte.

Então, julgo que, como tudo na vida, este foi mais um obstáculo que tive de ultrapassar, para me sentir mais capaz... mais capaz da vida. De agarrar a vida e fazer o que for preciso. De lutar para fazer o que gosto. Lutei e fui capaz. Venci esta etapa!!! E aprendi que, por vezes impomos limites a nós mesmos, que não existem. E aprendi que, tudo, mas mesmo tudo, depende da forma como vemos a realidade. Ou a enfrentamos, mesmo com medos, com cansaço, com dores; ou então refugiamo-nos na pena por nós mesmos. E este penso que será o mais triste desenlace.

É claro que foi um ano muito difícil. Muito rígido. Muitas viagens. Muito pouca vontade de fazer outro tipo de viagens!!!

Mas passou... E fui capaz!!!

"A noite passada o paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estava do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti, disse baixinho "Olá"
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então tu olhaste, depois sorriste
disseste "'Inda bem que voltaste"

Sérgio Godinho

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O meu quinto chacra

O meu chacra da garganta continua bloqueado... o Mucocele voltou. Vou passar a um nível mais profundo e portanto para um cirurgião maxilo-facial. Mas mais uma vez vai ser uma tentativa cirúrgica. De acordo com o meu médico, não há outra opção senão cirurgia por tentativa. Não estão a acertar com a glândula. Mesmo o maxilo facial não me dá garantias de que não haja recidiva. O caso mais grave que tiveram foi de uma pessoa que foi operada seis vezes. Eu vou para a terceira. E não queria bater este record.

Por isso, vou também tentar descobrir a causa deste bloqueio e aceitá-la. Creio que, será a forma de fazê-lo desaparecer... de vez!!!

Vou ser operada sexta-feira. As aulas continuarão nos horários previstos, excepto algo de imprevisto.

Mas mais do que vos informar acerca da minha condição, gostaria de vos alertar para a importância de resolvermos muito bem as emoções com que lidamos no dia a dia. O Yoga ensina-nos a aceitar e a equilibrar-mo-nos. A meditação ensina-nos a viver o presente. Mas temos que nos entregar a todos os minutos e segundos da nossa vida. Sei que é extremamente difícil. Se eu própria o já conseguisse fazer plenamente, julgo que não estaria aqui nesta vida. Mais tarde ou mais cedo, o que não resolvemos dentro de nós aparece fisicamente. E às vezes é difícil fazê-lo desaparecer. Somos energia. E a bioquímica do nosso corpo físico não se compadece com a falta de energia. Se esta não fluí, algo fica bloqueado. Até uma pequena glândula salivar...

Podem crer que não há lugar melhor para por em prática o que aprendemos com o Yoga, do que as relações que estabelecemos ao longo da nossa vida. E tudo deve ficar muito bem resovido. Se não ficar com os outros, deve ficar dentro de vós. Devemos ser flexíveis quando nos exigem que o sejamos, devemos ter força, quando a vida assim o pede... Respeitando sempre os nossos limites!!!

Quanto ao 5º chacra... não engulam em seco, não deixem de dizer o que vos vai na alma, não deixem de comunicar!!! Quando se sentirem abafados e com um nó na garganta, deixem sair tudo. Libertem-se. E o que mais podem fazer??? Não sei! Estou em fase de testes "laboratoriais". Mas sinto que no final, quando tudo terminar, poderei partilhar convosco a minha lição. Quero e tenho que a aprender.

Namasté

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O nosso Workshop




O sol brilhou, a energia fluiu. Cozinhou-se, conversou-se, conheceu-se, mas sobretudo sentiu-se a entrega de cada uma para todos. No meio da Natureza!!! Delicioso!!!

Mais do que palavras, as imagens falam por si...

Aqui ficam algumas!!!

Um muito obrigado ao Nuno e à Carla pela cedência das fotos!!!

O nosso Workshop



segunda-feira, 16 de junho de 2008

Workshop - Cozinha Alentejana Vegetariana


Olá a todos

No dia mais longo do ano, realizar-se-á, na Quinta da Maia um Workshop de Cozinha Vegetariana, totalmente alentejana. Um bom desafio, para o qual vos convido...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Em que acreditas tu?

Há dias perguntaram-me: Em que acreditas? Eu respondi: Acredito em Energia, na possibilidade de nos recriarmos e de descobrirmos através de um processo de auto-conhecimento. Acredito no Poder do Yoga e da Meditação, no poder da despreocupação, no poder da rendição (entregar-mo-nos ao que há-de ser e confiarmos no Universo) e acredito que somos água de um grande rio e que temos que fluír com ele (poder da aceitação). Claro que tudo isto leva uma vida inteira, às vezes várias para se conseguir. Mas o seu poder é indescritível.

Em que acreditam?

domingo, 20 de abril de 2008

Yoga Ásanas


Ásana de Guerreiro II
Virabhadrasana

Virabhadra é o nome de um guerreiro, reencarnação de Shiva, descrito como possuidor de milhares de cabeças, olhos e pés e usando uma pele de tigre.

Benefícios

* Fortalece e alonga pernas e tornozelos
* Fortalece as virilhas, peito, pulmões e ombros
* Estimula os órgãos abdominais
* Promove a resistência e força física e assim também a força interior
* Alivia dores nas costas, especialmente pelo segundo trimestre da gravidez
* Terapêutico para síndrome de túnel carpal, pés chatos, infertilidade, osteoporose, e dor no nervo ciático.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Pablo Neruda

No culpes a nadie, nunca te quejes de nada ni de nadie, porque fundamentalmente tú has hecho tu vida.

Acepta la responsabilidad de edificarte a ti mismo y el valor de acusarte en el fracaso para volver a empezar; corrigiéndote, el triunfo del verdadero hombre surge de las cenizas del error.

Nunca te quejes del ambiente o de los que te rodean, hay quienes en tu mismo ambiente supieron vencer, las circunstancias son buenas o malas según la voluntad o fortaleza de tu corazón.

Aprende a convertir toda situación difícil en un arma para luchar. No te quejes de tu pobreza, de tu soledad o de tu suerte, enfrenta con valor y acepta que de una u otra manera, todo dependerá de ti; no te amargues con tu propio fracaso, ni se lo cargues a otro, acéptate ahora o seguirás justificándote como un niño, recuerda que cualquier momento es bueno para comenzar y que ninguno es tan terrible para claudicar.

Deja ya de engañarte, eres la causa de ti mismo, de tu necesidad, de tu dolor, de tu fracaso. Si, tú has sido el ignorante, el irresponsable, tú, únicamente tú, nadie pudo haber sido por ti.

No olvides que la causa de tu presente es tu pasado, como la causa de tu futuro es tu presente.

Aprende de los fuertes de los audaces, imita a los enérgicos, a los vencedores, a quienes no aceptan situaciones, a quienes vencieron a pesar de todo. Piensa menos en tus problemas y más en tu trabajo y tus problemas sin alimento morirán.

Aprende a nacer desde el dolor y a ser más grande, que el más grande de los obstáculos.

Mírate en el espejo de ti mismo. Comienza a ser sincero contigo mismo. Reconociéndote por tu valor, por tu voluntad y por tu debilidad para justificarte.

Reconócete dentro de ti mismo, más libre y fuerte, dejarás de ser un títere de las circunstancias, porque tu mismo eres tu destino.

Y nadie puede sustituirte en la construcción de tu destino. Levántate mira las mañanas y respira la luz del amanecer. Tú eres parte de la fuerza de la vida Ahora despierta, camina, lucha.

Decídete y triunfarás en la vida. Nunca pienses en la suerte, porque la suerte es el pretexto de los fracasados.

PABLO NERUDA

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Óleos Essenciais


Na Natureza existe tudo o que precisamos. Em particular, as plantas são elementos de uma riqueza inigualável. Os óleos essenciais, que das mesmas se podem extraír, são substâncias voláteis, com propriedades muito importantes do ponto de vista terapêutico. Essas substâncias orgânicas voláteis, puras e extremamente potentes são considerados a alma da planta e são os principais componentes bioquímicos de acção terapêutica das plantas medicinais e aromáticas.

Aqui ficam algumas indicações terapêuticas de óleos essenciais.

Óleos essenciais – Indicações Terapêuticas
Nota: Estas indicações não dispensam a apreciação de um especialista, ou de um médico

Acne: Árvore do Chá, Benjoim do Sião, Alecrim
Aftas: Benjoim do Sião
Analgésico: Alfazema, Bergamota
Angústia: Sândalo
Apatia: Rosmaninho
Ansiedade: Cravo, menta, bergamota
Bronquite: Benjoim do Sião
Cansaço: Rosmaninho, Incenso, salva, cipreste
Caspa: Alecrim, Árvore do chá, Aloé Vera
Catarro: Alecrim
Celulite: Alecrim
Cicatrizes da pele: Alfazema, Benjoim do Sião
Concentração: Laranja
Constipações: Árvore do Chá, Benjoim do Sião
Depressão: Jasmim, gerânio, canela, alfazema, Benjoim do Sião, Bergamota
Desintoxicações: Baga de Zimbro
Desodorizante: Benjoim do Sião, Bergamota
Digestão: Bergamota
Diurético: Alfazema, Baga de Zimbro, Benjoim do Sião
Dores musculares: Benjoim do Sião
Energias negativas: Lavanda
Febre: Bergamota
Feridas: Benjoim do Sião
Frieiras: Benjoim do Sião
Gripe: Tomilho, Oregão
Inflamações: Alfazema, Benjoim do Sião, Bergamota
Melancolia: Jasmim
Obesidade: Baga de Zimbro
Pele Oleosa: Árvore do Chá
Piolhos: Árvore do chá
Psoríase: Benjoim do Sião
Purificante: Baga de Zimbro
Relaxamento: Incenso
Reumático: Alfazema
Rugas: Aloé Vera
Prostração: Rosmaninho
Seborreia: Alecrim
Sistema Imunitário: Árvore do Chá
Stress: Benjoim do Sião, Bergamota
Tosse: Benjoim do Sião

Se quiserem mais informações, não hesitem. cjcmatos@gmail.com

sábado, 29 de março de 2008

Sobre el error ..

Sobre el error ..

'... El error más grande lo cometes cuando, por temor a equivocarte, te equivocas dejando de arriesgar en el viaje hacia tus objetivos.

No se equivoca el río cuando, al encontrar una montaña en su camino, retrocede para seguir avanzando hacia el mar; se equivoca el agua que por temor a equivocarse, se estanca y se pudre en la laguna.

No se equivoca la semilla cuando muere en el surco para hacerse planta; se equivoca la que por no morir bajo la tierra, renuncia a la vida.

No se equivoca el hombre que ensaya distintos caminos para alcanzar sus metas, se equivoca aquel que por temor a equivocarse no acciona.

No se equivoca el pájaro que ensayando el primer vuelo cae al suelo, se equivoca aquel que por temor a caerse renuncia a volar permaneciendo en el nido.

Se equivocan aquellos que no aceptan que ser hombre es buscarse a sí mismo cada día, sin encontrarse nunca plenamente. Creo que al final del camino no te premiarán por lo que encuentres, sino por aquello que hayas buscado honestamente... '


Graciela E. Prepelitchi

quinta-feira, 20 de março de 2008

...


A minha avó Laura teve seis filhos. A minha mãe é a mais nova de uma prole de dois rapazes e quatro raparigas. A segunda filha mais nova, faleceu quando tinha dias. Nada sei sobre ela, nem qual a lição que a sua morte prematura, terá trazido aos meus avós. Só eles saberão. E se o entenderam nunca o partilharam com ninguém.

A relação que estabeleci com a minha avó Laura, foi, a de todos os meus avós, a que mais me marcou. Foi tão forte e intensa, que só a comparo à que empreendi com os meus pais. Por isso, o dia da sua morte, foi o mais triste da minha vida. No entanto, esse dia, foi também o início de uma série de mudanças, que me modificaram, para sempre. Foi o início de uma caminhada interior. E a partir deste dia, a vida como a conheci antes, nunca mais foi igual.

A minha avó é uma alma antiga. Quando partiu, possivelmente viveu das últimas, senão a sua última vida.

Durante a doença da minha avó, vivi um grande período de cepticismo. Não teve a ver com a doença dela. Não sei bem como surgiu. Penso que muitas vezes, as relações que estabelecemos com determinadas pessoas, em dada altura das nossa vidas, podem criar estes períodos.

Penso que me fechei a mim própria. Bloqueei. E durante sete longos anos fui uma pessoa extremamente infeliz. Fui emocionalmente submissa. Extremamente dependente do afecto dos outros, da aceitação dos outros e nunca da minha própria aceitação.

Este longo período fez de mim uma pessoa triste, pessimista e depressiva.

A partir de um determinado momento da sua doença, a minha avó entrou numa espécie de coma. Nunca mais falou comigo, nunca mais sorriu e não sei se reconhecia as pessoas que a visitavam. Ficou ali, num mundo diferente, onde já não havia comunicação.

Visitei-a todos os dias à mesma hora, durante cerca de um ano. Nessa altura, deixei também a casa onde morava em Évora e passei a ir e vir todos os dias. Para a poder ver. E porque me sentia muito desamparada.

Então, no dia em que a minha avó partiu, foi como se tivesse esperado por mim para o fazer. Esperou pela hora da minha visita. E se calhar também esperou que estivesse sozinha. Porque morreu comigo.

Naquele momento, a minha avó para sempre, que há um ano vivia num mundo só dela, abriu os olhos. Olhou para mim e sorriu. Senti a despedida. Sentia-a por todos os poros. Depois desviou o olhar e olhando no vazio, sorriu outra vez. E iniciou a sua viagem.

Nunca tinha presenciado a morte humana. E sem dúvida, que aquele momento, tatuou em mim uma imagem, que ainda hoje não consigo apagar, mas que entendo agora, de forma muito diferente.

Agradeço-lhe agora por se ter despedido de mim. Agradeço-lhe por ter esperado. E agradeço-lhe por me ter despertado de um sono longo e apagado e me ter indicado o caminho.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O poder da cura... e o meu avô Carlos


Aqueles dias de totalidade. A manifesta sensação de que tudo estava no seu sítio. Tudo fazia sentido. Tudo irradiava harmonia. Aqueles dias, foram dias de muita paz.

Todos os dias medito e praticamente todos os dias, transformo alguns momentos da minha vida, naquela íntima sensação de saber quem sou. A harmonia daqueles dias, volta nestes momentos. E por isso sei, que esta é a minha verdadeira essência: a criança que corre livre, pelo meio das árvores; a criança que não impõe limites, nem medos, nem condiciona, nem se deixa ser condicionada.

Por esta altura, todos aqueles que já partiram faziam também parte do meu mundo. O meu avô Carlos, a minha avó Laura, a minha tia Fortunata, o meu tio Zé Vieira e o meu avô Upa Upa.

Falo deles, porque não quero esquecê-los. Falo deles, porque me ensinaram, cada um à sua maneira, a procurar entender a vida.

O meu avô Carlos foi o primeiro a fazer a passagem. Irmão do meu tio Bernado e a personificação do típico homem da família da parte do meu pai. Um homem simples, um homem da Terra. Vivia da agricultura. Plantava, colhia e vendia. Um homem para quem tudo chegava.

As lembranças que tenho deste meu avô, são vizualizações de paz. E penso que foi com ele que solidifiquei a necessidade de solidão. Porque a solidão é boa, quando não nos sentimos sós. A solidão é boa, quando funciona como a possibilidade de estamos dentro de nós. Sem mais nada. Só estar e aproveitar.

O meu avô Carlos foi a pessoa mais desapegada que conheci. Para ele não havia tempo e espaço. Não existiam bens materiais, não existia rotina. Era dono dos seus dias. E por isso não era um homem preocupado. Não me lembro de que alguma vez tenha ficado doente, à excepção dos tempos que antecederam a sua morte. Morreu porque fumava. Ou então morreu porque terminara a sua missão na terra. E o fim de todos nós tem que vir sempre mascarado com algum ou muito sofrimento.

O pai do meu pai, fez-me perceber que os melhores remédios não tem nomes complicados, nem efeitos colaterais. O meu avô Carlos, ainda hoje me faz entender, que a vida "não é nem deve ser, como um castigo que terás que viver..." (como disse também António variações). A despreocupação, o não condicionamento, a não competição social, o sol, a água, o ar puro e energético, o exercício, o descanso, a vida equilibrada e tranquila, a confiança em nós mesmos e no ser Divino que existe em nós, são a maior e melhor cura, a que algum dia poderemos aspirar.

E por isso lhe agradeço. Ao meu avô Carlos, que à sua maneira, despertou a minha chama interior de auto-conhecimento e cura interior...

segunda-feira, 10 de março de 2008

...


Em retrospectiva, o yoga entrou na minha vida por volta dos meus sete anos de idade. Não com a prática de ásanas, mas com o início da contemplação. O olhar sem julgo, sem expectativas. O olhar dirigido para o ribeiro. A atenção dirigida no nada da água que escorre, cristalina, por entre os xistos. Ou então, o olhar na linha do horizonte e na comunhão com a imensidão de perceber que era imensamente pequena, frágil e parte do Universo. Penso que mesmo sem saber, terá sido esta a altura, em que comecei a meditar...

Enquanto passeava e brincava pelos montes aprendi também que a energia, no seu estado mais puro, se encontrava ali: no meio da Natureza. Ali respirava-se. Naquele local, que ainda hoje é para mim o lugar onde sei que encontro paz. Foram aqueles os meus momentos iniciáticos, durante os quais, aprendi a amar os elementais da Natureza. Comecei a perceber, que a Natureza, possui o maior dom de todos: o poder da cura e da regeneração.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O início do Percurso


Custou-me entrar no Mundo Físico. Nasci com mais de dez meses. Talvez porque já não seria uma alma nova. Mas no Hospital de Évora, onde nasci, a minha chegada foi o culminar de seis meses, de repouso absoluto para a minha querida mãe e o nascimento de uma criança muito desejada. Os meus pais esperaram por mim quase dez anos... E depois quase dez meses. Mas não foi o número dez que me acompanhou até hoje. Na verdade, a minha vida tem-se feito e refeito em círculos de mais ou menos sete anos. O que parece estar de acordo com as previsões espirituais. E Évora tem sido também a cidade da maior parte dos meus nascimentos e renascimentos. Da entrada de novos e fantásticos seres na minha vida, mas também da morte de alguns que acompanharam o meu caminho. Em Évora já nasci, já vivi, já amei, já estudei, já aprendi muito, já me desfiz de riso e já chorei muitas lágrimas.

A minha infância, passada em Estremoz, foi fantástica. Até aos sete anos de idade brinquei na rua, alimentei-me dos lanches e do carinho da minha avó Laura, sabia que as estrelas eram as pontas das varinhas de condão, de fadas que habitavam os céus (informação criteriosamente recolhida e transmitida pelo meu pai) e ansiava pela sexta feira, porque os fins de semana eram passados na quinta da minha família.

Não sei precisar o momento, mas terá sido por volta de sempre que o meu tio Bernardo começou a revelar a minha alma.

Os fins de semana passados na Maia foram os tempos de maior liberdade de que tenho memória. E foram também os momentos em que aprendi a estar só, sem nunca me sentir sozinha. Precisava da solidão do campo, da busca em correria pelas pedras altas do monte, pelo desbravar de criança das estevas e silvas. Sempre precisei disto. Desde sempre me conheço assim. Desde sempre. Lembro-me de ouvir o som da voz da minha mãe a chamar por mim, quando o sol se começava a pôr e eu ainda não tinha descido dos montes.

Depois eram as brincadeiras com os animais: os pintaínhos, os pequenos borregos, os gatos, os cães, os coelhos que ainda mamavam e os que já comiam erva. De tudo.

Fui uma privilegiada.

Convido-vos a mostrarem um pouco de vós. Convido-vos a que nos conheçamos melhor. Através das palavras. Porque quando escrevemos também meditamos. E gostava de fazer deste sítio o livro da minha e vossas vidas, porque já fazem parte dela (queiram ou não)!!!