quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Recomendações e medidas preventivas no Yoga

É importante que o praticante de Yoga tenha sempre presente de que é o principal responsável pela integridade e saúde do seu corpo. É por isso importante, realizar exames médicos e uma avaliação postural fitoterapêutica antes de iniciar a prática. Se existir alguma restrição física ou de saúde, ou contra-indicação médica, essa informação deve ser veiculada ao professor.

De um modo geral existem regras, que se devem seguir, que asseguram uma prática eficaz:

- Mesmo sendo saudável, não se devem praticar asanas com febre, gripe, enxaqueca ou qualquer outra doença passageira.

- Deve-se evitar fazer a prática, sem a supervisão de um instrutor competente e acompanhamento médico nos seguintes casos: hipertensão, problemas cardíacos, hérnia de disco, disco vertebral deslocado, hérnia inguinal, úlcera péptica ou outros problemas graves de saúde. Hipertiroidismo e Hipotiroidismo pedem cuidados especiais para cada caso.

- No caso da mulher, se esta estiver entre o primeiro e o terceiro dia do seu período menstrual, deverá considerar a possibilidade, por motivos energéticos, de evitar as posturas finais de inversão sobre os ombros ou sobre a cabeça, ou outras em que o útero fique acima do coração. Embora hajam muitas mulheres que não interrompem a prática dessas posições durante a menstruação, há algumas que se sentem muito desconfortáveis ao fazê-las. Aqui, cada caso, é um caso. Na opinião de alguns, as mulheres não devem praticar durante esses três primeiros dias do ciclo menstrual.

- Em caso de gravidez, deve-se evitar praticar asanas de pé durante os primeiros três meses de gestação, sendo que nestes são aconselhados apenas asanas sentados. No último mês, não devem ser praticados asanas.

- Deve-se comparecer às aulas regularmente e praticar em casa os exercícios recomendados, evitando praticar asanas próximo de móveis ou objectos que possam magoar, no caso de se perder o equilíbrio ou cair.

- Na medida do possível, deve-se praticar todos os dias e no mesmo horário, para adquirir disciplina. Somente a prática constante irá proporcionar mudanças profundas no seu corpo e na sua mente. Para dominar o método e de facto tirar algum resultado positivo das práticas, é preciso fazer um treino sistemático e constante, de forma que se possa progredir harmoniosamente.

- Por razões energéticas, desaconselha-se o banho imediatamente após praticar. Mas deve-se tomar banho antes da prática.

- O ideal é fazer a prática em jejum, com o estômago, a bexiga e os intestinos vazios. Caso haja extrema necessidade, deve-se comer algo leve e em pequena quantidade (frutas são uma boa opção).

- Preferir os líquidos e hidratar-se antes de começar. Evitar comer até meia hora após terminar a prática.

- Devem-se usar roupas leves e confortáveis, que não cortem a circulação e permitam liberdade de movimentos. Antes da prática, deve-se tirar relógio, pulseiras ou colares.

Se algum exercício produzir dor ou desconforto, deve-se evitar fazê-lo nas próximas práticas. É importante ouvir o próprio corpo. Ser natural e aprender a usar a intuição e a aplicar a espontaneidade nas práticas. É importante o esforço, mas não forçar os próprios limites. Perseverança, mas sem tortura.

- A respiração deve ser uniforme e ritmada, mantendo o som sussurrante do ujjayi pranayama na garganta. Tomar consciência de como os diferentes exercícios modificam a respiração e como isso se reflecte no fluxo do pensamento. Evitar que os ritmos respiratórios e cardíaco se acelerem demasiadamente.

- Deve-se observar a atitude com que se entra na prática: evitar a competição, seja com os demais, seja consigo próprio. Evitar também comparar o rendimento de hoje com o de ontem.

- A prática deve ser Interrompida, em caso de perda de fôlego ou se ficar muito cansado.

- Deve ser recordado que alguns exercícios são opcionais e que se deve conhecer e respeitar os limites para praticar de maneira segura. Evitar exageros e manter-se consciente o tempo todo: usar o bom senso!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Como é praticar yoga?

Uma prática de yoga inicia-se normalmente com movimentos suaves para despertar o corpo, passando para sequências como a “Saudação ao Sol” que aquecem músculos e articulações e aumentam a resistência física. Em seguida trabalham-se os ásanas, posições do Yoga. A respiração acompanha cada movimento, aumentando a intensidade da prática e mantendo o calor necessário para alongar e alinhar músculos e articulações. A aula termina com o relaxamento e a meditação, colocando-nos num estado de serenidade e bem-estar indescritível.

Existem várias modalidades de Yoga, cada uma enfocando um aspecto mais do que outro. As técnicas mais utilizadas são:
Ásanas: os exercícios físicos que fortalecem o corpo, aumentam a sua agilidade e previnem várias doenças, principalmente as psicossomáticas. Diferentes de outros métodos, os exercícios são feitos respeitando o alinhamento das cadeias musculares e com total consciência do corpo. Assim, não há risco de distensões ou lesões. Além disso, os asanas desbloqueiam áreas tensas que impedem o fluxo da energia vital. Em última análise, as doenças surgem quando esse fluxo não é adequado.

Pránáyáma: são os exercícios respiratórios. No início, eles vão reeducar os músculos envolvidos na respiração ampliando-a e melhorando a absorção do oxigénio. Depois, actuam nas nossas emoções auxiliando-nos a lidar melhor com elas e produzindo um estado de equilíbrio interior. Os pránáyámas também agem directamente sobre a nossa energia, aumentando-a e melhorando sua distribuição pelo corpo.

Yoganidra: aqui, aprendemos a descontrair conscientemente cada músculo e cada parte do nosso corpo. Depois, imaginamo-nos envolvidos por uma cor específica ou passeamos mentalmente por praias paradisíacas, belas montanhas, campos floridos, etc. Tudo isso para que possamos sair da agitação do quotidiano e perceber outras formas de vida com mais tranquilidade. A serenidade advinda desses momentos é deliciosa e permanece por vários dias.

Meditação: meditar é sentar-se quieto e observar-se a si mesmo. Estamos sempre preocupados em conhecer tudo aquilo que está ao nosso redor mas empenhamo-nos muito pouco em descobrir o que acontece dentro de nós: como lidamos com os factos da vida, como pensamos, como sentimos, quais as nossas verdadeiras aspirações. A meditação oferece-nos a possibilidade de nos conhecermos mais profundamente.

O Yoga actua em todos os níveis do nosso ser: físico, mental e emocional. Mas o que torna o Yoga único é o facto de não servir apenas para alongar todas as partes do corpo, mas também massajar os órgãos internos e as glândulas. Ele coordena o sistema respiratório com o corpo físico, relaxa os músculos e a mente, estimula a circulação e aumenta a provisão de oxigénio em todos os tecidos. As costas, peito, sistema digestivo e pulmões são os mais beneficiados pelos exercícios e o resultado é que o processo de enrijecimento devido à inactividade, o cansaço, a postura incorrecta e o envelhecimento é revertido. A prática regular do Yoga garante uma qualidade de vida muito melhor, livre dos efeitos nocivos da correria e da tensão do dia-a-dia.

Mantras (do sânscrito Man mente e Tra alavanca) é uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito. Os mantras são oriundos do hinduísmo, porém são utilizados também no budismo e jainismo. Os mantras são entoados como orações, repetidos como as do cristianismo. Contudo, diferentemente do cristianismo, não constituem propriamente um diálogo com Deus. O budismo mahayana do Tibete usa mantras em tibetano, o zen-budismo do Japão usa-os em japonês. John Blofeld encontrou em Hong Kong no começo do século XX mantras cuja língua ninguém sabia identificar, e que pareciam uma alteração de um original sânscrito. Alguns psicólogos ocidentais defendem que um mantra possui uma energia sonora que movimenta outras energias que envolvem quem o entoa. Blofeld observou que não importa a correção da pronúncia: encontrou o mesmo mantra entoado de forma muito diferente em países diversos, e sempre produzindo os efeitos esperados.

Outra explicação seria a mesma usada para o efeito dos mudras: um gesto repetido por tantas pessoas durante tantos séculos que criou um tipo de caminho energético - que podemos chamar de marca no akasha, ou no inconsciente colectivo - que é rapidamente seguido pela psique da pessoa que o executa.

De forma diferente do que muitos pensam, não é necessário acreditar em nada exótico para praticar Yoga e receber os seus benefícios. Tudo o que é necessário é praticá-lo com regularidade e empenho. A constância no Yoga opera verdadeiros milagres no nosso corpo e na nossa vida. Os exercícios são simples e conquistados gradualmente, respeitando o ritmo próprio.

Namaste :) Cris

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Yoga e Meditação

Para nós, ocidentais, "Meditar" significa reflectir a respeito de alguma coisa. No oriente, meditar é algo bem diferente. É entrar num estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo. Assim, através da meditação vamos prestar atenção e descobrir quem realmente somos. A prática do Yoga leva ao auto-conhecimento, à compreensão de si mesmo e do mundo em que se vive. Com o Yoga e a Meditação adquire-se equilíbrio, tranquilidade, saúde física e mental.

O controlo da respiração é necessário, para que se controle o Prana (Energia vital), durante a meditação. Por isso, uma das práticas de yoga consiste neste treino respiratório e energético – Pranayama.

O local para praticar meditação deve ser calmo, limpo e tranquilo, evitando-se a possibilidade de se ser interrompido. A melhor hora para meditar é durante o nascer do sol, se bem que qualquer hora é conveniente, desde que possível e executável.

A atitude na prática de yoga e meditação é a de não competitividade. Persistência, mas sem preocupação com os resultados. Atenção em cada músculo, cada tendão, ou seja, em si mesmo. Nunca exigir nada do corpo, nem da mente. Mas levá-los a… Evoluir, sem competição própria, ou com os demais. Entender sempre a dor como um sinal de alarme e de necessidade de recuo

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tipos de Yoga

Há muitos tipos diferentes de yoga e cada um tem as suas próprias características e benefícios.

O hatha yoga incide sobre os aspectos físicos, mentais, emocionais e de saúde física. Remonta ao século XV, e foi fundado pelo Iogui Swatmarama, um sábio mestre. Hatha Yoga é chamado "hatha vidya", com "ha", o sol e "tha" a lua - juntos constituem os "nadis" ou o fluxo de energia no corpo e devem trabalhar para conseguir "dhyana" – meditação

Em conjunto, hatha e raja Yoga são conhecidos como ashtanga yoga.

Raja Yoga é conhecido como o rei do yoga. Trata - se de uma prática que tem a ver com o estímulo e a harmonia da mente, focando-se essencialmente nas práticas de meditação.

O Yoga de Ivengar incide sobre o alinhamento, a postura e a forma do corpo.

Um dos mais generalizados tipos de yoga é o bikram yoga e a sua filosofia principal é conseguir uma melhor respiração e maleabilidade, bem como aumentar a circulação no corpo, tendo como base a devoção.

Além destes grandes tipos de yoga, existem outras formas de yoga, que cruzam técnicas e se destacam por outros nomes.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A importância de praticar yoga

Numa sociedade em constante mudança, em que cada vez mais nos é exigido uma grande capacidade de adaptação às situações, às pessoas e a tudo o que faz parte da nossa vida, exigindo uma maior capacidade de gestão pessoal, torna-se fundamental estar em plena forma física, emocional e mental. Por isso é extremamente importante a adopção de um estilo de vida saudável, em que coexista a prática de um exercício corporal e mental inteligente, uma alimentação adequada e uma forma de estar na vida mais positiva. Esse método, por todos esses motivos e outros mais é o Yoga.

O Yoga é uma filosofia de vida, uma filosofia prática baseada exclusivamente em técnicas que nos ensinam, por exemplo, como respirar melhor, como relaxar, como nos concentrarmos e como trabalhar os músculos, articulações, nervos, glândulas endócrinas, órgãos internos, etc. Através de exercícios físicos extremamente bonitos, fortes, mas que respeitam o ritmo biológico do praticante.

O Yoga, nas suas etapas iniciais, fornece um aumento de saúde para que o indivíduo suporte o empurrão evolutivo que ocorrerá durante a jornada e, simultaneamente, proporciona o tempo necessário, ao ampliar a expectativa de vida, de modo a que o praticante consiga em vida, atingir a meta do Yoga – o samádhi.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Origem do Yoga

É difícil estabelecer uma origem precisa para a arte do yoga. Pode-se afirmar, com precisão, que o yoga vem do hinduísmo, ou da cultura hindu. O professor Hermógenes, um dos maiores mestres de yoga brasileiros, coloca o yoga como uma das correntes filosóficas dos Vedas.

Presume-se que tenha surgido aproximadamente entre 5000 a 3000 AC, no vale do Hindu (actual Paquistão) onde habitava o povo drávida. O fundador do Yoga foi um homem que posteriormente ingressou na mitologia com o nome de Shiva e com o título de Nataraja, Rei dos Bailarinos.

O Yoga foi produto de uma civilização não guerreira, naturalista e matriarcal. O Yoga original, o mais antigo e completo caracterizava-se por ser fortemente naturalista, isto é não-místico, sensorial e desrepressor.

A partir de mais ou menos 1500 a.C. a Índia foi invadida pelos aryas ou arianos, povo guerreiro, místico e patriarcal que passou a dominar a Índia e influenciou toda a sua cultura e costumes. A partir desse momento, o Yoga passou a sofrer sucessivas deturpações que o tornaram místico, repressor e anti-sensorial.
No séc.XX o Yoga foi ocidentalizado e mais uma vez deturpado, tornando-o utilitário, consumista, algo amorfo e maçador. Por isso, a maioria das pessoas pensa que o Yoga é algo parado, a ponto de requerer paciência.

Os Vedas, os escritos mais antigos da humanidade citam o Yoga de uma forma alusiva. O sistema foi sistematizado por um grande filósofo indiano, Patanjali no século VI antes de Cristo, em forma de 196 Sutras. Nada porém foi inventado. Patanjali apenas codificou o que já existia, os ensinamentos que durante séculos foram passados de boca a boca, organizando-os nos famosos e conceituados Aforismos de Patanjali.